Translate

domingo, 31 de março de 2013

Meditando Provérbios 19:2


Janelas para a vida
NÃO ACREDITE EM TUDO
Alejandro Bullón

Não é bom proceder sem refletir, e peca quem é precipitado. Prov. 19:2.

Em 1938, Orson Welles anunciou num programa de rádio que Nova Iorque estava sendo invadida por marcianos. As constantes advertências que ele dava acerca da invasão criaram pânico na cidade, causando acidentes e confusão geral. O resultado foi que Orson Welles ganhou dinheiro, fama e uns dias na prisão.

Recentemente, um editor da revista Squire, nos Estados Unidos, apostou com amigos quanto tempo seria necessário para que a farsa escrita por ele num artigo fosse descoberta. O artigo em questão anunciava que um grupo escolhido pela presidência da República se reuniria em segredo, numa base subterrânea, chamada Iron Mountain, para estudar a maneira de exterminar os grupos de extrema direita.

O interessante é que, ao invés de perceber o caráter ridículo da notícia, os tais grupos creram piamente no “complô” e usaram o artigo como a mais “contundente prova” de que tudo era verdade. Inclusive, quando o editor foi ao tribunal e provou que ele era o autor da inverossímil notícia, os “vigilantes” extremistas não aceitaram que tudo aquilo era apenas uma brincadeira de mau gosto.

“Não é bom proceder sem refletir”, é o conselho de Salomão. Em outras palavras, não acredite em tudo o que ouve. Pare, pense e reflita. Se você fizer hoje uma revisão de sua história, perceberá que muitas vezes sofreu sem motivo ou criou problemas e circunstâncias difíceis para muita gente, só porque não parou para refletir se aquilo que ouviu era verdade.

O que o professor disse a respeito do seu filho, o comentário de um vizinho com relação à conduta do seu esposo, a insinuação de um empregado acerca da honestidade do seu sócio são motivos suficientes para tomar “medidas imediatas”? “Não é bom”, declara o texto de hoje. Se não é bom, é ruim. E se é ruim, destrói tudo o que toca: amizade, família, sonhos e inclusive vidas.

Você pode construir este dia com reflexão e prudência. Não se precipite. Dê tempo ao tempo. Espere, pense e então decida. E lembre-se do conselho de Salomão: “Não é bom proceder sem refletir, e peca quem é precipitado.”

sábado, 30 de março de 2013

Meditando: Salmo 80:7

Janelas para a vida

RESTAURA-NOS
Alejandro Bullón

Restaura-nos, ó Deus dos Exércitos; faze resplandecer o Teu rosto, e seremos salvos. Sal. 80:7.

Outro dia conversei com o filho de um empresário bem-sucedido. Filho único, tinha tudo para continuar fazendo crescer a empresa do pai. Infelizmente, juntou-se com pessoas erradas e acabou prisioneiro das drogas.

O homem tinha quase quarenta anos. Já não era mais um jovem e, olhando para trás, dizia: “Foram mais de vinte anos da minha vida jogados no lixo.”

Um dia, porém, encontrou-se com Jesus. Era o último recurso e apegou-se a Ele com as forças que ainda lhe restavam. Hoje, ninguém acredita na transformação operada na vida desse rapaz. Voltou aos estudos e começou a trabalhar na empresa do pai.

É justamente isso que envolve a súplica do salmista hoje. “Restaura-nos.” Restaurar é consertar o que está destruído. Muitas vezes é “fazer de novo”. Você toma o vaso de cristal em cacos e o reconstrói pedaço a pedaço, de modo que ninguém nota que um dia estava destruído. Mas o salmista vai além. Ele diz: “Faze resplandecer o Teu rosto.” Sal. 80:7.

O homem de nossa história me contava que, enquanto estava prisioneiro nas garras do vício, tinha vergonha de olhar o rosto dos pais. O pai pergunta: “Por que, filho, se eu nunca deixei de amar você, apesar de tudo o que você fazia?” E o filho responde: “Sentia-me sujo, indigno, e por isso sumia durante meses.”

Assim é o sentimento de culpa. Deus nunca abandona o filho rebelde. Ele nunca “esconde o rosto”, mas o pecado cria no ser humano tal senso de culpa que ele acha que Deus está zangado.

Se, por algum motivo, você foi ferido por um dardo envenenado do pecado, não tenha medo nem vergonha de ir ao Pai celestial. Ele está com os braços abertos, disposto a recebê-lo.

O salmista apela hoje ao Senhor dos Exércitos. Em hebraico, o nome de Deus nesse verso é Jeová. Esse nome denota todo o poder controlador dos Céus e da Terra. Todo esse poder está disponível para ser usado em seu favor, para restaurar o que parece humanamente impossível de ser restaurado.

Clame hoje em seu coração: “Restaura-nos, ó Deus dos Exércitos; faze resplandecer o Teu rosto, e seremos salvos.”

sexta-feira, 29 de março de 2013

Meditando: Provérbios 11:9


Janelas para a vida
LIBERDADE OU DESTRUIÇÃO
Alejandro Bullón

O ímpio, com a boca, destrói o próximo, mas os justos são libertados pelo conhecimento. Prov. 11:9.

No provérbio de hoje, Salomão contrasta a liberdade dos justos com a destruição que os ímpios provocam.

Esse contraste não tem sentido. Liberdade não contrasta com destruição, e sim com escravidão. Qual é a mensagem inserida na aparente incoerência desse contraste?

“Os justos são libertados pelo conhecimento”, afirma Salomão. O conhecimento liberta da ignorância, da mediocridade e da superficialidade. Mas o sábio não está falando aqui simplesmente do conhecimento intelectual, senão do conhecimento de Deus, que liberta dos traumas e complexos que destroem a vida.

O ímpio desconhece a Deus, e por esse fato é um escravo de suas próprias paixões e temores. É um poço cheio de complexos. Para libertar-se deles, tenta destruir as outras pessoas. O instrumento que usa é a palavra. Fala mal dos outros para projetar-se. Acha inconscientemente que, denegrindo a imagem alheia, poderá aparecer e chamar a atenção. O ímpio vive ansioso por tornar-se o centro das atrações. Alimenta-se dos elogios e aplausos. Nutre-se do comentário positivo de sua pessoa. Portanto, precisa estar sempre em primeiro plano.

O único lugar onde uma pessoa pode conhecer-se e aceitar-se é junto aos pés do Salvador. Diante do Senhor Jesus não há como aparentar, nem fingir, nem disfarçar. Ele conhece os pensamentos mais íntimos e as intenções mais ocultas. Ele o aceita como você é, tira a culpa, apaga o pecado, perdoa e dá uma nova oportunidade. Jesus liberta e perdoa. Então, pela primeira vez, você está em condições de aceitar-se e conviver com a realidade, sem aparentar, nem tentar destruir outras pessoas.

Você sente uma estranha dor no coração quando outros crescem? A vitória dos outros deixa um sabor amargo na sua boca? Muitas vezes pergunta a si mesmo o porquê desse sentimento e não tem explicação?

Vá hoje a Jesus, entregue seu coração a Ele, confesse seus temores, deixe-O entrar na recâmara secreta do seu mundo interior, e você experimentará paz. Só então perceberá que a sua vida se tornará um manancial de bênçãos para outros. Lembre-se: “O ímpio, com a boca, destrói o próximo, mas os justos são libertados pelo conhecimento.”

quinta-feira, 28 de março de 2013

Meditando: Salmo 118:22

Janelas para a vida

NÃO DESISTA
Alejandro Bullón

A pedra que os construtores rejeitaram, essa veio a ser a principal pedra, angular. Sal. 118:22.

Alguma vez você foi rejeitado? Dói. O ser humano não foi criado para ser uma ilha. Todos têm a necessidade básica de ser aceitos. É parte da natureza. Ninguém é feliz sendo excluído.

Mas vivemos num mundo que seleciona tudo. Você disputa um emprego com outros, e a maioria é rejeitada. Nem todos passam no exame. Nem todos conseguem o visto de entrada num país. Centenas de moças participam do concurso, mas só uma é escolhida como a vencedora. De uma ou outra forma, todos sentiram alguma vez a dor da rejeição.

No verso de hoje, encontramos uma referência à maneira cruel como foi rejeitado o próprio Senhor Jesus. O apóstolo João narra: “Veio para o que era Seu, e os Seus não O receberam.” João 1:11. Veja que Ele veio para salvar a humanidade. É como se você chegasse ao lar de uma família endividada levando o dinheiro que ela precisa para pagar sua dívida. E os membros daquela família, ao invés de recebê-lo, o apedrejassem.

O pensamento central do texto de hoje, contudo, não é a rejeição de Jesus, e sim o resultado daquela rejeição. O Salvador do mundo tinha um propósito na mente e no coração. Ele viera para salvar a humanidade, e nada, nem ninguém, conseguiria fazê-Lo desistir do Seu propósito.

Quando você e eu enfrentamos rejeição, somos tentados a cair no desânimo. Jesus foi até às últimas conseqüências. Morreu pregado na cruz como um marginal. Mas Sua morte não foi o ponto final da história. Ele ressuscitou vitorioso e veio a ser a “pedra angular” do cristianismo. Alcançou o objetivo, a despeito da rejeição.

Por que ficar desanimado, com vontade de desistir ou de fugir, só porque alguém disse “não” para você? Qual é o propósito de sua existência? Está bem claro na sua mente por que você veio ao mundo?

Faça de hoje um dia de vitória. Levante a cabeça, clame ao Senhor e renasça das cinzas. Você verá que as pessoas que o rejeitaram se lamentarão e o chamarão de novo porque “a pedra que os construtores rejeitaram, essa veio a ser a principal pedra, angular”.

quarta-feira, 27 de março de 2013

Meditando: Provérbios 8:5


Janelas para a vida
A DAMA FORMOSA
Alejandro Bullón

Entendei, ó simples, a prudência; e vós, néscios, entendei a sabedoria. Prov. 8:5.

O capítulo 8 de Provérbios é um hino à sabedoria. Salomão compara a sabedoria com uma dama formosa, “no cimo das alturas, junto ao caminho”, convidando as pessoas a segui-la. Nesse contexto, entra a recomendação do sábio: “Entendei, ó simples, a prudência; e vós, néscios, entendei a sabedoria.”

Existem coisas que a gente não aceita simplesmente porque não as entende. Se você colocar uma nota de cem dólares nas mãos de uma criança de um ano, com certeza ela a destruirá. E, se você a repreender, ela ficará confusa, por um simples motivo: não entende o valor do dinheiro. Por isso, o conselho do sábio é: “Entendei, ó simples, a prudência.” Você não pode valorizar o que não entende.

As pessoas hoje vivem correndo de um lado para outro, sem ao menos pensar qual é o motivo de tanta agitação. Entramos no tobogã das circunstâncias e nos deixamos levar. Há uma montanha de deveres a serem cumpridos, responsabilidades das quais não podemos fugir, compromissos e agenda cheia. Não sobra tempo para pensar nas coisas simples que envolvem a essência da vida. Para que sabedoria? Que valor tem? Pouco importa.

Quando era jovem, alguém me disse: Você precisa aprender a viver com sabedoria. Ao escrever este devocional, confirmo que as maiores necessidades do ser humano são sabedoria e prudência. Com sabedoria, você produz muito mais do que está produzindo em menos tempo e com menos esforço. Evita dores e sofrimentos e capitaliza as adversidades.

O provérbio de hoje diz que a pessoa que se atreve a viver sem sabedoria é uma pessoa néscia. Uma vida néscia é uma vida insatisfeita e cheia de estresse. A vida é como um jogo de futebol. Alguns correm de um lado para outro, mas não fazem gol. Não refletem, não têm um plano de ação, não têm inspiração. Só correm.

Hoje, tome um tempo para pedir sabedoria a Deus. Quando você faz isso, está procurando a pessoa de Jesus, porque Ele é a própria sabedoria. Saia hoje com Jesus. Caminhe com Ele. Dependa dEle. Permita-Lhe participar de seus negócios, empreendimentos e decisões. Ouça o conselho de Salomão. “Entendei, ó simples, a prudência; e vós, néscios, entendei a sabedoria.”

terça-feira, 26 de março de 2013

Meditando: Salmo 83:18

Janelas para a vida
ÉS O ALTÍSSIMO
Alejandro Bullón

E reconhecerão que só Tu, cujo nome é Senhor, és o Altíssimo sobre toda a Terra. Sal. 83:18.

Quando o médico lhe deu a notícia de que seu pequeno filho estava condenado à morte, a primeira reação de Alberto foi de revolta. Mas revoltar-se contra quem? Contra a ciência, que não podia fazer nada para curar a leucemia que estava acabando com a curta existência de seu único filho? Contra ele mesmo e a esposa que não perceberam os primeiros sintomas da doença fatal? Ou contra Deus? Não, contra Deus não poderia. Ele não acreditava na existência de um ser supremo. O seu coração e a sua mente estavam cheios de idéias existencialistas e sentimentos de superioridade diante da esposa que “era capaz de acreditar numa idéia tão superada como Deus.”

Alguma vez você se sentiu insignificante e impotente diante de circunstâncias adversas? O que faz quando todos os recursos humanos falham? Aonde ir quando a ciência, a tecnologia e até o racionalismo humanista gritam: Impossível!

Se você viveu um momento assim, talvez consiga entender como Alberto se sentia. Os dias se passaram. Lentos, agonizantes, implacáveis e cruéis. O tempo, que na maioria das vezes simboliza esperança, era para Alberto o processo doloroso de ver seu querido filho se apagando como uma vela cuja cera está no fim. A fé e a confiança que a esposa depositava em Deus em meio à dor, eram ofensivas para o marido incrédulo.

Um dia cinzento do mês de outubro, ele viu os olhinhos tristes do filho amado, como dizendo adeus. Alberto não aguentou mais e caiu ajoelhado perto da cama e, pela primeira vez, clamou pela misericórdia de um Deus em cuja existência nunca acreditara. E o milagre aconteceu! Médico nenhum foi capaz de explicar a recuperação rápida do garoto, nem a cura posterior. Hoje, Alberto louva o nome de Deus ao lado da esposa e do filho.

As coisas com Deus são assim. Sua existência e poder não dependem de eu crer ou não. Ele está acima dos preconceitos, dúvidas ou incredulidade da criatura. Ele é Deus. Se as pessoas creem  muito bom. Se não, um dia “reconhecerão que só Tu, cujo nome é Senhor, és o Altíssimo sobre toda a Terra”.

segunda-feira, 25 de março de 2013

Meditando - Provérbios 16:27

Janelas para a vida

NUNCA CAVE O MAL
Alejandro Bullón

O homem depravado cava o mal, e nos seus lábios há como que fogo ardente. Prov. 16:27.

O Brasil todo ficou estarrecido com a notícia do assassinato de um casal de classe média alta. Foram mortos a pauladas enquanto dormiam. Se a notícia terminasse aqui, seria apenas mais uma notícia neste mundo de violência.

O que estarreceu foi a descoberta dos assassinos: a própria filha do casal, o namorado e um irmão deste. Uma história de filme de terror.

O texto de hoje descreve justamente esse tipo de pessoas. “O homem depravado cava o mal”, diz o verso. A palavra “depravada”, literalmente descreve algo estragado, que perdeu seu valor e só serve para ser jogado no lixo. Expressa profunda degradação moral.

Como chega um ser humano ao terreno da depravação? Começa com a tolice. O tolo segue o caminho do mal por curiosidade. É uma espécie de aventura que lhe produz fascínio. Quando uma pessoa insiste nesse tipo de caminho perigoso, cai no terreno do cinismo. O cínico percebe o perigo da estrada em que transita, mas não lhe dá importância, endurece seu coração e chama ao mal, bem. Finalmente, mais cedo ou mais tarde, o cínico cai no abismo da depravação.

A depravação não tem limites. É um abismo sem fundo. Sempre oferece sensações mais fortes, não fica satisfeito com nada. Se você acha que já viu ou já ouviu as cenas mais depravadas, ainda está no meio do caminho. A mente depravada é capaz de imaginar coisas que dificilmente subiriam à mente dos mais hábeis roteiristas de Hollywood.

Existe esperança de recuperação para o depravado? As boas-novas do evangelho dizem que sim. No momento em que o mais perverso dos seres humanos responde ao chamado do Espírito e aceita a graça transformadora de Cristo, acontece o milagre do novo nascimento. Tudo que passou fica apagado pelo perdão gratuito de Jesus, e a pessoa recebe uma página em branco para escrever uma nova história. Deus nunca consulta o passado para ajudá-lo a construir o futuro.

Que este novo dia seja para você um dia de vitória. Grandes vitórias são o resultado de pequenas vitórias. Vença com Jesus apenas a batalha deste dia. Deixe o amanhã nas mãos de Deus e lembre-se: “O homem depravado cava o mal, e nos seus lábios há como que fogo ardente.”

domingo, 24 de março de 2013

Meditando Salmo: 82:5


Janelas para a vida
NÃO VAGUEIE NAS TREVAS
Alejandro Bullón

Eles nada sabem, nem entendem; vagueiam em trevas; vacilam todos os fundamentos da Terra. Sal. 82:5.

A pessoa queixava-se do veredicto. O juiz tinha dado a guarda de seu único filho para o marido. Ela estava arrasada e não sabia onde procurar ajuda.

“É injusto”, reclamava a mulher. “O juiz fez isso por causa da influência da família de meu esposo, que tem muito poder na cidade.”

Pode ser que assim seja. Pode também ter sido um erro por falta de informação. As injustiças parecem ser a lei desta vida. Este salmo fala de juízes que “vendiam” a justiça. O salmista os descreve como gente sem escrúpulos, em cuja vida não existia o temor de Deus.

Embora o texto se refira exclusivamente às pessoas que administravam a justiça naqueles dias, a advertência é válida para o ser humano de hoje, a despeito da profissão ou ofício. Gente sem Deus andará em trevas, e quem anda envolvido pelas sombras, não anda, vagueia. Não tem rumo, tropeça, cai, se levanta, torna a cair. Não tem consciência de sua realidade. Pretende saber de onde vem e para onde vai, mas caminha sem rumo. Acertando umas vezes e errando na maioria.

“Nada sabem”, afirma o salmista, referindo-se a estas pessoas para quem Deus não passa de um mero detalhe. O verbo “saber”, nesse verso, vem da expressão hebraica jokmaj, que significa critério, bom senso, equilíbrio, juízo.

A maior parte dos problemas do ser humano se origina na falta de sabedoria. Na vida familiar, profissional ou financeira, a falta de critério leva a criatura a viver “em trevas”, tentando achar o caminho, mas ferindo-se e ferindo as pessoas ao seu redor.

Por isso, hoje, antes de tomar alguma decisão transcendental, ou antes de iniciar suas atividades diárias, lembre-se do conselho de Tiago, que disse: “Se, porém, algum de vós necessita de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente.” Tia. 1:5.

Não comece o dia sem Deus, não tome decisões sem Seu conselho, porque a pessoa que vive sem Deus nada sabe, nem entende; vagueia em trevas.

sábado, 23 de março de 2013

Meditando: Provérbios 4:19

Janelas para a vida

UMA VIDA SEM LUZ
Alejandro Bullón
O caminho dos perversos é como a escuridão; nem sabem eles em que tropeçam. Prov. 4:19.

Perverso é aquele que busca seu próprio caminho e insiste em andar nele. Sua vida é tenebrosa e escura. Não há luz. As coisas com ele nunca são claras, vive sempre mergulhado na ambiguidade e na penumbra. Pode até brilhar, mas é um brilho artificial. O combustível que o alimenta é a vaidade, o orgulho e o egoísmo.

O problema do perverso não é somente o que faz, mas essencialmente o que é. Existem sombras no seu interior. Não é capaz de compreender a si mesmo. Vive confuso, nervoso e acaba machucando e tornando infelizes as pessoas que o rodeiam.

O verso de hoje diz que os perversos “nem sabem em que tropeçam”. Não conseguem identificar a causa de seus problemas e, em conseqüência, não encontram solução.

O perverso segue um caminho. Acha que o caminho que escolheu é o melhor. Confia nos seus sentimentos, nos seus conceitos e preconceitos. Endeusa a razão. Na sua vida não há lugar para a fé. Olha aos que exercem a fé como pessoas ingênuas, crédulas demais para viver num mundo de ciência e tecnologia. Mas não é feliz. A escuridão não é símbolo de paz nem de felicidade. As sombras são assustadoras, e uma vida rodeada delas é necessariamente uma vida de medo. Para quem não conhece a Jesus, só existem duas maneiras de enfrentar o medo: Fugir ou agredir. Por trás de uma pessoa agressiva, freqüentemente se esconde uma pessoa medrosa.

Este é um dia de decisão. Todos os dias o são. Viver na luz ou nas sombras. Eis a questão. Viver na luz é ser. Escolher as sombras leva ao não ser. Se você não é, não vive. Sobrevive. Apenas isso, mas a vida que Jesus oferece é muito mais do que isso.

Abra o seu coração a Jesus. Deixe entrar a luz. Ilumine o mundo ao seu redor. Aconteça. Não se satisfaça com ler a história. Escreva-a. Com Jesus é possível.

Enfrente este novo dia com altruísmo porque sua vida está escondida nas mãos de alguém que não conhece derrota. Não siga suas próprias regras. Não escolha seus próprios valores. Seja sensível aos ensinamentos divinos, porque: “O caminho dos perversos é como a escuridão; nem sabem eles em que tropeçam.”

sexta-feira, 22 de março de 2013

Meditando: Salmo 84:2


Janelas para a vida
NECESSIDADE DE DEUS
Alejandro Bullón

A minha alma suspira e desfalece pelos átrios do Senhor; o meu coração e a minha carne exultam pelo Deus vivo! Sal. 84:2.

Existe no coração humano uma necessidade instintiva de Deus. Não tem explicação. Poderia ser simplesmente saudade do Criador. Porém, é mais do que isso. É um vazio que dói. É carência, falta. É como a necessidade que o pulmão tem do oxigênio. Davi expressa: “A minha alma suspira e desfalece.” É saudade, nostalgia, procura incessante. Sede de alma. Fome do coração.

Não depende daquilo que você acredita ou não. Pode não ser lógico, mas é real. É fato. Esta aí presente, no dia-a-dia do transitar humano.

O milionário sem Deus se pergunta: O que me falta? Nada. Sobra. Sobra orgulho, prepotência e soberba. O coração está cheio de si. Não existe lugar para Deus, e o vazio dói, perturba e angustia.

O artista famoso indaga: Por que não sou feliz? Porque felicidade não é simplesmente algo, é uma pessoa. “Eu sou o caminho”, disse Jesus. Ah, ser humano vazio e incoerente! Tentando ser feliz, procura o que o machuca, busca o que o destrói, rejeita o caminho da simplicidade. Complica a vida com filosofias que alimentam o ego, e matam de sede seu espírito carente.

No salmo de hoje, o poeta compara o homem que reconhece sua necessidade de Deus e O busca, com o pardal que encontrou sua casa e a andorinha que achou seu ninho e acolhe com carinho os seus filhotes. (Sal. 84:3.) Pode haver uma figura mais expressiva para ilustrar a felicidade? Você e seus amados, protegidos no ninho de Deus. Cuidados por Ele, seguros nEle, sustentados por Ele.

Hoje é um dia de decisão. Todo dia é. Para mudar o rumo de sua existência. Para reconhecer que você é criatura. Para olhar com otimismo o horizonte de novos desafios, a despeito dos dramas que você está vivendo. Hoje é o seu dia. Dia de renascimento, de ressurgimento, dia para sacudir a poeira dos pés e enfrentar a longa caminhada que o levará ao pico da montanha que se apresenta desafiante diante de você.

Mas, para que tudo isso aconteça, você precisa dizer como o salmista: “A minha alma suspira e desfalece pelos átrios do Senhor; o meu coração e a minha carne exultam pelo Deus vivo!”

quinta-feira, 21 de março de 2013

Meditando- Provérbios 15:19

Janelas para a vida

VEREDA PLANA
 Alejandro Bullón

O caminho do preguiçoso é como que cercado de espinhos, mas a vereda dos retos é plana. Prov. 15:19.

Júlio não gosta de trabalhar. Quando era pequeno, os pais satisfizeram todos os seus desejos. Filho único, cresceu achando que era dono do mundo, e que bastava pedir para que tudo se realizasse do jeito que ele queria.

Mas Júlio cresceu. Tornou-se adulto e os pais continuaram tratando-o como se fosse uma criança dependente. Hoje, os pais já estão mortos e Júlio se encontra sozinho. A herança que os pais lhe deixaram não durou muito. Logo, ele viu que a vida não era um simples conto de fadas. Neste mundo, não basta desejar para que tudo aconteça.

Júlio vive hoje uma vida cheia de penúrias e privações. Casou-se duas vezes e as esposas acharam impossível viver ao lado dele. Ficou preso, seis meses, por causa de confusões financeiras das quais participou. Ele acha que a vida é injusta com ele porque seus pais faleceram, num trágico acidente.

Todo pai descansa, mais cedo ou mais tarde. O problema de Júlio não é o fato de os pais terem morrido. Sua tragédia é que nunca aprendeu a valorizar o trabalho.

O texto de hoje diz que a vida do preguiçoso “é como que cercada de espinhos”. É uma vida de sofrimento e dor. Não deslancha, não avança, fica presa.

Gosto desse verso na Nova Tradução na Linguagem de Hoje: “O preguiçoso encontra dificuldades por toda parte, mas para a pessoa correta a vida não é tão difícil.” Prov. 15:19. A vida tem complicações. Você vai achar dificuldades no caminho. Felicidade não é ausência de problemas, mas a pessoa sábia torna-se vitoriosa apesar dos obstáculos. O preguiçoso não. Ele só vê dificuldades, não está disposto a lutar, não paga o preço.

Apronte-se para a luta de hoje. Saia da rotina, enfrente as dificuldades. Não tenha medo de avançar no desconhecido. Ninguém descobre novos oceanos, a menos que perca de vista o conforto da praia.

Busque a Deus. Peça sabedoria e forças. Sua luta será infrutífera se Deus não estiver no controle de seus empreendimentos. Ah, não se esqueça: “O caminho do preguiçoso é como que cercado de espinhos, mas a vereda dos retos é plana.”

quarta-feira, 20 de março de 2013

Meditando: Salmos 144:1


Janelas para a vida
Pronto para a guerra?
Alejandro Bullón

Bendito seja o Senhor, rocha minha, que me adestra as mãos para a batalha e os dedos, para a guerra. Sal. 144:1.

Esta vida é uma guerra, e cada dia, uma batalha. O cristianismo não faz de você uma pessoa mística, inerte e conformista. Ficar parado em algum rincão da vida esperando as bênçãos divinas não expressa o autêntico sentido da fé.

Quando Deus chega à sua vida, chega para adestrar suas mãos para a batalha e os seus dedos, para a guerra. O salmista expressa, nesse verso, o equilíbrio de uma vida centrada em Cristo. A primeira coisa que ele faz é louvar o nome do Senhor e reconhecer que Deus é a Rocha. Qualquer edifício construído sobre a rocha será inabalável. Davi não se atreve a sair correndo como um louco para enfrentar a batalha do dia. Ele gasta tempo para reconhecer a grandeza de Deus. Coloca seus planos nas mãos da “Rocha”. Nada pode fracassar quando Deus é o fundamento.

Depois de reconhecer que ele não está sozinho, o salmista está pronto a lutar. Lutar sem Deus é loucura. Confiar em Deus sem lutar é tolice.

Outro pensamento do texto de hoje é que a vida não é uma vitória. É uma sucessão de vitórias. Cada pequena vitória é parte da grande vitória. Cada dia é uma batalha diferente. A vitória hoje não é garantia de vitória amanhã. O sucesso de “quase” toda a vida, não garante o sucesso da vida toda. Fracassar no último momento é jogar por terra todas as vitórias do passado. Napoleão Bonaparte ganhou quase todas as batalhas e perdeu a guerra porque foi derrotado na batalha de Waterloo.

O salmista olha para a Rocha antes de sair para a guerra. Rocha é sinônimo de permanência. Jesus é a Rocha dos séculos.

“Que base tenho para acreditar em Jesus, além do livro antiquado chamado Bíblia?”, perguntou-me um jovem envolvido com filosofias orientais. A minha resposta foi: “Que base científica tem para acreditar na astrologia, numerologia, cristais, pirâmides ou na energia interior?”

Antiquadas são as coisas que passam com o tempo. A Bíblia é antiga, mas sempre atual. “Permanece para sempre.”

Que opção você tem hoje para vencer as intrigas e arapucas de um mundo desleal? Davi fez a opção certa e foi vitorioso. Por que você não diz como ele: “Bendito seja o Senhor, rocha minha, que me adestra as mãos para a batalha e os dedos, para a guerra”?

terça-feira, 19 de março de 2013

Meditando: Salmo 145:15

Janelas para a vida

No devido tempo
Alejandro Bullón
Em Ti esperam os olhos de todos, e Tu, a seu tempo, lhes dás o alimento. Sal. 145:15.

O tempo de Deus não é o tempo do homem. Infelizmente, na opinião humana. Felizmente, na opinião de Deus. Para entender isso, a criatura precisa atravessar o vale da dor e da frustração aonde a sua teimosia o leva.

No verso de hoje, o salmista menciona a expectativa humana. “Os olhos de todos”, diz ele. Aqui está incluída toda a humanidade. Todos somos assim. Apressados e imediatistas. Queremos que as coisas aconteçam aqui e agora. Talvez porque a vida é curta para realizar tantos sonhos e projetos.

As pessoas descritas pelo salmista não esperam luxo, nem extravagâncias. Apenas alimento. Nada mais básico para a sobrevivência. É muito esperar pelo pão de cada dia? Que tipo de Deus é esse que parece insensível diante das necessidades básicas de seus filhos?

O salmista toma a metáfora da natureza. A natureza ensina a entender a vida.

Alguma vez você observou como o passarinho alimenta os seus filhotes? É um bando de famintos, chorando e disputando o alimento que a mãe traz. Cada um luta pela sobrevivência e trata de tirar o alimento do outro. Darwin diria que, nestas circunstâncias, sobrevive o mais forte. Não é verdade. A mãe pássaro é instintivamente sábia e dá o alimento a cada filhote, no seu devido tempo. Ela não ignora a necessidade de cada um, nem se comove com a impaciência nem com os gritos. O tempo dos filhotes não é o tempo da mãe.

Se você confia em Deus e parte para a batalha e, apesar disso, as coisas não saem como quer, tenha paciência, coloque os olhos em Jesus e espere o tempo dEle. Ele virá. Na hora certa. Nem antes, para que você não se deslumbre, nem depois, para que seus inimigos não caçoem de sua fé. O êxito não é uma meta para você alcançar. É um processo que envolve confiança em Deus, luta, esforço, lágrimas, aparentes derrotas e, acima de tudo, paciência.

Busque hoje os seres que você ama. Diga-lhes quão valiosos são. Anime e encoraje. As pessoas são como um espelho. Se você sorri, elas sorriem; se você fecha o rosto, recebe a mesma imagem.

Antes de sair para os desafios de hoje, diga como o salmista: “Em Ti esperam os olhos de todos, e Tu, a seu tempo, lhes dás o alimento.” Sal. 145:15.


segunda-feira, 18 de março de 2013

Meditando: Provérbios 12:9

Janelas para a vida

Aceite-se!
Alejandro Bullón
Melhor é o que se estima em pouco e faz o seu trabalho do que o vanglorioso que tem falta de pão. Prov. 12:9.

Mostre-se como é. Seja você mesmo. Não aparência. É trágico andar pela vida mostrando ter ou saber muito, quando, deitado na cama, olhando para o teto, você sente a dor profunda de saber que é pobre e ignorante.

Viver uma vida de mentira não é viver. Seus pés pisam nas nuvens. Longe da realidade, você sofre a irrealidade de uma história que inventou. Alimenta-se em público, dos aplausos e da admiração que as pessoas oferecem ao personagem que você criou, mas que não existe. Quando se encontra só na recâmara de sua própria alma, de onde não pode fugir, olha-se no espelho da realidade e vê o quadro grotesco de uma história em quadrinhos, sem vida e, paradoxalmente, com muita dor, vazio e desespero.

Quando Jesus andava com Seus discípulos, viu de longe uma figueira verde e cheia de folhas. Aproximou-Se dela e não achou frutos. A história relata que Jesus amaldiçoou a figueira. No dia seguinte, ao passar pelo mesmo lugar, os discípulos viram que a árvore estava seca.

Muita gente se pergunta até hoje por que Jesus amaldiçoou a figueira. Porque não tinha frutos? Não. Ser estéril não seria um delito. Ser estéril e aparentar que tinha frutos é o que provocou o desagrado de Jesus. A hipocrisia é repulsiva e nociva. Repulsiva porque as pessoas se afastam. Nociva, porque destrói a própria vida.

Por que dizer que falo inglês, se não falo? Por que afirmar que toco piano, se não tenho essa habilidade? Por que dizer que tenho um carro, se não o tenho? Ou que possuo um doutorado, se não é verdade?

A “maldição” de quem pretende ser o que não é vem em forma de sequidão. Uma vida seca é cruel, angustiante e sem significado. Como o deserto. Terra sedenta, agonizante. Terra condenada.

Aceite seus defeitos e realidades. Reconheça suas carências. Aceite-se como você é. Esse é o primeiro passo no processo de recuperação e cura porque: “Melhor é o que se estima em pouco e faz o seu trabalho do que o vanglorioso que tem falta de pão.”

domingo, 17 de março de 2013

Meditando: Provérbios 15:24


Janelas para a vida
Subir ou descer?
Alejandro Bullón
Para o sábio há o caminho da vida que o leva para cima, a fim de evitar o inferno, embaixo. Prov. 15:24.

Subir ou descer? Eis a questão! Um gato que vivia com o seu dono no vigésimo segundo andar de um prédio de trinta andares decidiu um dia partir para uma aventura. Aproveitou que a porta estava aberta e começou a descer pela escada. No início, tudo parecia maravilhoso. Nunca tinha experimentado algo semelhante. Ao chegar ao oitavo andar, parou. Estava confuso, enjoado e não sabia se subia ou descia.

Alguma vez você parou para pensar se desce ou sobe? Ou simplesmente corre de um lado para outro tentando encontrar a saída? Outro dia, alguém se queixou: “Não sei o que acontece comigo. Trabalho como um louco, ninguém pode me acusar de preguiçoso, mas não vejo o fruto de meu trabalho!” Já aconteceu isso com você? Será que está confundindo atividade com eficiência? A pessoa sábia não sai de manhã correndo “como um louco”. Ela coloca a vida nas mãos de Deus, revisa o programa de atividades, determina prioridades, organiza o trabalho e parte para a execução.

O trabalho que você tem diante de si pode ser enorme, o sonho que você quer ver realizado pode ser grande. Mas, se você for sábio, não tentará realizá-lo de uma só vez. Entenderá que toda realização grande é um conjunto de pequenas realizações. Um tijolo agora, outro mais tarde. Uma parede hoje, outra amanhã. E, em pouco tempo, você verá o edifício acabado.

A vida é como um prédio. Estabeleça metas e avance destemidamente. Você nunca está sozinho. Jesus está ao seu lado para animá-lo cada vez que as forças parecem abandoná-lo.

Suba. A recompensa sempre se encontra em cima. Descer é fácil. É só parar e já começa a retroceder. O caminho dos sábios nos conduz para o alto. “Embaixo está o inferno”, diz Salomão. Fora das implicações religiosas, embaixo sempre está o inferno, porque nada pode ser mais sufocante do que uma vida medíocre e conformista.

Faça de hoje um dia de vitória. Ame, perdoe; peça perdão, revise seus objetivos e seja feliz porque: “Para o sábio há o caminho da vida que o leva para cima, a fim de evitar o inferno, embaixo.”

sábado, 16 de março de 2013

Meditando Salmo 100:5


Janelas para a vida
Misericórdia divina
Alejandro Bullón

Porque o Senhor é bom, a Sua misericórdia dura para sempre, e, de geração em geração, a Sua fidelidade. Sal. 100:5.

John Cloud conta na revista Times que, na manhã do famoso 11 de setembro, Genelle chegou cedo ao 64o andar da torre norte do World Trade Center, onde trabalhava. A jovem ligou o computador e, repentinamente, ouviu um estrondo assustador. Ela não sabia, mas o vôo 11 da American Airlines acabava de bater contra o prédio onde estava.

No início não teve medo. Só curiosidade. Dirigiu-se à janela e viu um monte de papéis no ar. Ouviu gritos e alguém dizendo que um avião batera contra o prédio. “Temos que sair daqui”, gritavam outros. Genelle se apavorou. Não sabia se devia descer pelas escadas ou esperar ali. O alarme contra incêndios soava enlouquecedoramente. Todo mundo gritava e ninguém sabia o que fazer.

Quando finalmente decidiu descer, a escada estava cheia de fumaça. Nisso, ouviu outro ruído ensurdecedor. Ela pensou que era o fim. O que não sabia é que centenas de pessoas acabavam de morrer ao ruir a torre sul. Eram 9h59 e a torre norte onde ela estava ruiria também 29 minutos depois.

Genelle descia as escadas do 13º andar, quando ouviu outro ruído descomunal. Sentiu que era levada como uma bola de pingue-pongue e desmaiou. Quando acordou, estava presa. Doía-lhe todo o corpo e não podia se mover. Tocou algo suave ao seu lado e percebeu que era um cadáver. Ficou apavorada. As horas transcorreram e Genelle desmaiou novamente.

Ao despertar, já era noite. Clamou a Deus. Sentiu-se melhor e orou outra vez. De repente, ouviu vozes e gritou: “Estou aqui.” Uma voz respondeu: “Pode ver a luz?” Ela não podia, mas a equipe de resgate a encontrou e salvou.

Em meio à tragédia daquele dia, Genelle entregou a vida a Deus. Hoje, ela ora e estuda a Bíblia diariamente. Recebeu um pouco de ajuda financeira do governo, mas não pensa em pedir indenização. “Agora sou cristã”, explica. “Acho que ninguém é culpado. Antes, vivia preocupada só com o dinheiro e com minha aparência física. Hoje, manco e tenho cicatrizes horríveis, mas isso não me preocupa. Já não tem tanta importância, porque eu estou viva. Só a vida já é motivo para ser feliz”, afirma com convicção.

Por isso, hoje, mesmo que haja sombras à sua volta, reconheça que “o Senhor é bom, a Sua misericórdia dura para sempre.”

sexta-feira, 15 de março de 2013

Meditando: Provérbios 17:17

Janelas para a vida

Amigo e irmão
Alejandro Bullón

Em todo tempo ama o amigo, e na angústia se faz o irmão. Prov. 17:17.

Hoje, há uma festa religiosa que reúne multidões nas pirâmides do Tajin, no estado de Vera Cruz, México. A cidade arqueológica de Tajin foi descoberta em 1785. É uma cidade de pedra, bem conservada. No meio dela existe um campo de esporte, e nos extremos das pirâmides, gravuras estranhas onde se observa a decapitação de um esportista. O sangue da vítima molha a terra e a fecunda. O sangue daquele homem era considerado pela cultura totonaka “líquido sagrado” e, segundo a tradição, o homem que derramava seu sangue passava a ser um interme-diário entre Deus e a humanidade.

É interessante que, de alguma forma estranha, a essência do evangelho estivera embutida na tradição daquele povo. Jesus um dia viu o ser humano na angústia, no desespero, na eterna condenação. Não havia saída para o drama humano. “O salário do pecado é a morte”, afirma a Escritura. “Pois todos pecaram, e carecem da glória de Deus” (Rom 3:23), arremata. Você e eu só tínhamos diante de nós sombras de culpa, pecado e morte. Não havia em nossa existência uma só fresta por onde entrasse um pouco de luz. Estávamos perdidos. Tínhamos chegado ao fim.

Foi então que apareceu no cenário da vida o nosso grande amigo. Aquele que, na angústia, se fez nosso irmão. Tomou a nossa natureza. Tornou-se um de nós, nasceu como uma criança, viveu uma vida sem pecado, apesar de ser tentado em tudo. E, finalmente, morreu a morte de um marginal, pregado na cruz do Calvário.

O Seu sangue, derramado gota a gota, molhou não apenas a terra, mas a sua vida e a minha, e com Seu sacrifício pagou o preço de nossa dívida, assumiu a nossa culpa, aceitou a nossa morte e nos entregou a Sua salvação.

Por isso, você não tem o direito de sentir-se só, triste e abandonado. Não tem mais o direito de sentir-se derrotado e condenado a uma vida de fracasso. A cruz do Calvário é o decreto de vitória, de liberdade e vida para você. Agora, Jesus não é apenas o seu amigo, e sim o seu irmão, capaz de compadecer-Se do drama que você está vivendo.

Parta hoje para escalar as montanhas da vida sabendo que “em todo tempo ama o amigo, e na angústia se faz o irmão”. Esse irmão é Jesus.


quinta-feira, 14 de março de 2013

Meditando: Salmos 140:12


Janelas para a vida
Deus fará justiça
Alejandro Bullón

Sei que o Senhor manterá a causa do oprimido e o direito do necessitado. Sal. 140:12.

O profeta Samuel havia ungido o jovem Davi como o novo rei de Israel, por mandato divino. Nada mais justo, então, do que Saul entregar a coroa e o trono para o jovem ungido. Era o direito de Davi. Não apenas um direito legal, mas divino. No entanto, diante desse fato inquestionável, Saul decidiu apelar à corte suprema das armas: perseguiu Davi e o condenou à morte.

Foi nessas circunstâncias que o salmista escreveu o verso de hoje. Esta é a súplica desesperada de um homem perseguido, oprimido e privado dos seus direitos legítimos. Este é o clamor de uma pessoa que não sabe mais onde procurar ajuda porque seus advogados, na Terra, são apenas sua vida coerente e sua confiança em Deus, enquanto seu inimigo tem advogados espertos como a intriga, as armas, a guerra, a perseguição e o poder.

Nos momentos de desânimo, Davi sabe que: “O Senhor manterá a causa do oprimido.” O problema não é fraquejar na hora da adversidade. O desânimo é próprio da fragilidade humana. A tragédia é “não saber” o que Deus é capaz de fazer para defender a causa do oprimido.

Vivemos num mundo de injustiças. O inocente é muitas vezes condenado, e o culpado é liberado por causa da fragilidade das leis.

Você já percebeu que não se pode condenar ninguém “sem provas”? Como um juiz humano seria capaz de ler o coração das pessoas para ministrar a justiça? Nenhum julgamento pode ser subjetivo. Portanto, a justiça humana é frágil e propensa ao erro.

Deus, porém, não é indiferente a esse quadro. Ele promete que intervirá no momento certo. Resta ao cristão esperar. A justiça divina pode parecer que tarda, mas finalmente chega. Você precisa “saber” disso, como Davi sabia.

Se de alguma maneira você está vivendo esse drama hoje e sente-se angustiado por causa da aparente injustiça das circunstâncias, peça a Deus que tire a mágoa e o ressentimento do seu coração. Espere confiantemente no Senhor e diga como o salmista: “Sei que o Senhor manterá a causa do oprimido e o direito do necessitado.”

quarta-feira, 13 de março de 2013

Meditando: Provérbios 11:7

Janelas para a vida

Não caia no esquecimento
Alejandro Bullón

Morrendo o homem perverso, morre a sua esperança, e a expectação da iniqüidade se desvanece. Prov. 11:7.

Desvanecimento é uma palavra forte. Tem que ver com desintegração. Esse é o destino dos perversos. Depois da morte não apodrece só o corpo, também o nome cai no esquecimento.

O justo tem um final diferente. Usou a sua liberdade. Escolheu o caminho da vida. Salomão volta aqui ao ponto de partida de sua coleção de provérbios. “O temor do Senhor é o princípio da sabedoria.” Sabedoria é saber escolher.

Todos os dias precisamos optar, escolher e decidir. A quem seguir? Por qual caminho transitar? O caminho do perverso parece mais largo e fácil. O caminho de Deus está cheio de obstáculos e dificuldades. O perverso não gosta de sujeitar-se a ninguém, quer sentir-se livre e seguir os seus próprios instintos.

No momento da decisão, ele só enxerga o presente e segue o próprio caminho, que parece mais deslumbrante, atrativo e fascinante. O tempo dá o veredicto: morte.

Ao longo da história, homens e mulheres buscaram fama, riqueza e poder a qualquer custo. Tiveram momentos de glória, foram aplaudidos e desfilaram na passarela da história, exibindo troféus e medalhas. O tempo passou. Onde estão eles? Ninguém mais se lembra. Se você perguntar às gerações presentes o nome dos famosos do século passado, poucas pessoas serão capazes de lembrar-se de algum.

Jesus seguiu um caminho diferente. Submeteu-Se à vontade do Pai. Morreu. Entregou-Se. Desapareceu na terra como o grão de trigo e ressuscitou ao terceiro dia, trazendo vida para as multidões.

Pergunte hoje em qualquer lugar do mundo quem é Jesus e todos saberão responder, porque “a memória do justo é abençoada”. Sua morte foi nossa vitória. Sua morte trouxe a vida.

Qual é o caminho que você está seguindo? Que tipo de fama você procura? Está pronto a desaparecer no anonimato do serviço para renascer no sorriso de uma criança e na felicidade dos seres que o amam?

Peça a Deus sabedoria para pensar não só nesta vida, mas também na eternidade, porque: “Morrendo o homem perverso, morre a sua esperança, e a expectação da iniqüidade se desvanece.”

terça-feira, 12 de março de 2013

Meditando: Salmos 116:15


Janelas para a vida
Sem medo da morte
Alejandro Bullón

Preciosa é aos olhos do Senhor a morte dos Seus santos. Sal. 116:15.

Ninguém nasceu para morrer. A morte é uma intrusa na experiência humana. Viemos a este mundo com vocação para a vida, e é por isso que nos revoltamos com a morte. Não aceitamos o paradoxo de viver morrendo, ou de morrer vivendo.

No entanto, começamos a morrer desde que nascemos. Cada dia é um a menos. Uma vida assim não teria sentido a não ser que encontrássemos o segredo da vitória sobre a morte. O segredo existe. O salmista afirma no verso de hoje que a morte – horrenda, terrível e cruel como é – pode ser “preciosa aos olhos do Senhor”.

Qual a mensagem de Deus para você hoje? Por que a morte pode ser “preciosa” aos olhos de Deus? De que morte está falando o salmista, a quem está se referindo?

O texto é claro. Aqui se fala da morte dos santos. Santidade, no sentido bíblico, não significa ser isento de pecado, mas andar com Deus e viver para Ele.

A experiência de santidade é uma experiência de vida diária. É um andar permanente. Você permite que Deus o conduza como o pai conduz o seu pequeno filho. Há ocasiões em que os passos do filho não conseguem acompanhar os do pai. Ele pode até escorregar ou tropeçar, mas não fica caído porque está segurando o poderoso braço do pai. Existe entre eles um relacionamento de amor que não é abalado por nada.

Se você viver essa experiência diária com Jesus, passará a ser uma pessoa santa. E, se porventura a morte o surpreender em alguma esquina, essa morte será “preciosa” aos olhos de Deus, por três motivos: você estará livre das aflições deste mundo, dormirá em paz até a volta de Cristo e finalmente ressuscitará para a vida eterna.

Por que ter medo da morte? A não ser que você esteja longe de Deus, ou Ele não passe de simples teoria para você. Nesse caso, a morte torna-se o fim de tudo; ou, no melhor estilo do raciocínio humano, torna-se um grande “mistério”.

Faça de hoje um dia de companheirismo com Jesus. Tenha certeza de que a morte dos sonhos, dos seres amados, ou dos planos futuros nada é diante da perspectiva de ressurreição, que significa vitória, porque “preciosa é aos olhos do Senhor a morte dos Seus santos”. Sal. 116:15.
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...