Janelas para a vida
PEREGRINOS RUMO AO LAR
Alejandro Bullón
O justo jamais será abalado, mas os perversos não habitarão
a Terra. Prov. 10:30.
Se você nunca esteve longe de casa, será difícil entender o
valor da esperança. Israel era um povo peregrino, alimentado pela esperança.
Desde a promessa feita a Abraão, Israel sempre sonhou com herdar a terra e
habitar nela. A promessa cumpriu-se em certa medida, porque um dia eles
chegaram e conquistaram a terra de Canaã. Mas, infelizmente, eles não
permaneceram lá.
Salomão fala hoje para os peregrinos de nossos dias. Diante
das adversidades, dificuldades e conflitos diários, somos alimentados pela
bendita esperança de que não ficaremos neste mundo para sempre. Nesta vida tudo
é transitório e passageiro. Somos peregrinos rumo ao nosso verdadeiro destino.
A “Terra” que Deus promete hoje aos Seus filhos não está
neste mundo. Há um Céu, uma vida melhor, um paraíso. Parece utopia falar dessas
coisas em pleno século 21. O pragmatismo que permeia a cultura de nossos dias
se recusa a aceitar o paraíso como uma realidade. Mas as Sagradas Escrituras
afirmam enfaticamente que o Céu existe.
No verso de hoje, declara-se que são os justos que entrarão
na nova Terra. Em outra parte, Salomão menciona duas características dos que um
dia habitarão lá: retidão e integridade (Prov. 2:21). Esses aspectos do caráter
têm a ver com a maneira como as pessoas agem diante das circunstâncias.
As coisas são como são, não como eu imagino que devam ser. A
noite é noite por mais que eu amontoe toneladas de luz artificial. Quando a
pessoa não aceita a realidade da vida, inventa um estilo de conduta ambíguo.
Cria os seus próprios padrões, disfarça, aparenta e divide seu mundo interior a
ponto de inabilitar-se para desfrutar vida plena. Perde a retidão e a
integridade.
Um coração dividido, uma mente cerceada, um corpo com um pé
indo para a direita e o outro para a esquerda, criam seu próprio inferno na
Terra. As labaredas da consciência dividida atormentam a pessoa de dia e de
noite. Para ela, não existe esperança de um mundo melhor, nem aqui e nem no
Céu.
Vale a pena cultivar valores, porque “o justo jamais será
abalado, mas os perversos não habitarão a Terra”.
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