Janelas para a vida
ELE ME ACOLHERÁ
Alejandro Bullón
Pois, no dia da adversidade, Ele me ocultará no Seu
pavilhão; no recôndito do Seu tabernáculo, me acolherá; elevar-me-á sobre uma
rocha. Sal. 27:5.
Sempre existe um “dia da adversidade” para cada um. Enquanto
vivermos neste mundo de dor e tristeza, mais cedo ou mais tarde haverá um
momento em que, literalmente, você não saberá o que fazer nem aonde ir.
Eu deveria ter uns 25 anos quando, pela primeira vez, entrei
num turbilhão que parecia não ter saída. Quando garoto, corria a meus pais e
eles sempre estavam dispostos a estender-me a mão. Mas eu já havia crescido, e
me sentia sozinho nadando e nadando num mar tempestuoso, sem avançar um só
palmo. O coração doía terrivelmente. Olhava para todos os lados em busca de
socorro, mas ninguém podia fazer nada por mim. Foi então que me dirigi ao
templo. Fiquei ali sentado, conversando com Deus, abrindo-Lhe o meu coração,
chorando aos Seus pés.
Não sei quanto tempo permaneci assim. Só sei que, ao cair da
tarde, as sombras da minha vida haviam desaparecido. Uma paz indizível inundou
o meu coração. O medo desapareceu e saí de lá com forças para enfrentar as
dificuldades que pareciam me destruir.
Hoje entendo o que Davi escreveu. Naquela tarde, o Senhor me
ocultou no Seu pavilhão, no recôndito de Seu tabernáculo me acolheu e me elevou
sobre uma rocha onde ninguém poderia atingir-me.
Existe algo indefinível no templo. É a presença de Deus. O
templo é mais do que simplesmente um conglomerado de tijolo, cimento e madeira.
É o próprio coração de Deus aberto. São Seus braços dispostos a perdoar, a
abraçar e a confortar. E sua própria voz silenciosa consolando, animando e
encorajando.
Deus pode fazer o mesmo em qualquer outro lugar? Pode sim.
Mas no Seu templo há algo que palavras humanas não podem definir. É preciso
viver e experimentar.
Por isso, hoje, se estiver experimentando dissabores na
vida, fale: “No dia da adversidade, Ele me ocultará no Seu pavilhão; no
recôndito do Seu tabernáculo, me acolherá; elevar-me-á sobre uma rocha.”
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