Janelas para a
vida
Memória abençoada
Alejandro Bullón
A memória do justo é abençoada, mas o nome dos perversos cai
em podridão. Prov. 10:7.
Uma característica dos provérbios é o uso da antítese.
Através da antítese, o autor ensina uma lição por contraste. Apresentam-se dois
caminhos, duas situações ou dois destinos, e implicitamente deixa-se a escolha
com o leitor.
No verso de hoje, fala-se do justo e do perverso. O que
acontece com a memória do perverso? O perverso não tem em conta a Deus nas suas
decisões e, quando morre, “cai em podridão”, afirma o texto.
Você se atreveria a colocar no seu filho o nome de Judas,
Nero ou Hitler? Mas você encontra cachorros com esses nomes. Isto mostra que
“os perversos” não são esquecidos. São lembrados, mas com pena, com dó, com
tristeza e, às vezes, com mágoa e raiva.
Em vida, essas pessoas tiveram tudo o que o ser humano
aparentemente precisa para ser feliz: fama, riqueza, prazer e poder. Compensou?
Quem sabe sim, do ponto de vista humano. Mas, e aí? A vida é apenas isso?
Multidões correm atrás das luzes fascinantes desta vida.
Glória, fama, riqueza e poder parecem tornar-se as coisas mais importantes,
enquanto as pessoas amadas ficam à beira do caminho, esperando uma palavra de
amor, um gesto de carinho, ou um pouco de tempo para sentir-se importante. A
vida passa. Quando você percebe, a primavera e o verão já foram, o inverno
chegou e você está só, cheio de dinheiro, poder e fama, talvez. Mas
irremediavelmente só.
Em contraste, “a memória do justo é abençoada”. Porventura,
não se contam até hoje as histórias de José, Daniel, Isaque e outros heróis da
fé?
Preciso todos os dias revisar os valores que me inspiram,
preciso repensar as minhas motivações. Quanto vale a confiança de um filho, a
compreensão da esposa ou o sorriso de um neto? Quanto vale o olhar agradecido
de alguém a quem ofereci um pouco de meu tempo?
Você está vivendo e trabalhando só para esta vida ou também
para a eternidade? Analise isso, porque “a memória do justo é abençoada, mas o
nome dos perversos cai em podridão”.
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