Janelas para a
vida
Alejandro Bullón
Vinde, adoremos e prostremo-nos; ajoelhemos diante do
Senhor, que nos criou. Sal. 95:6.
Nosso século vive a banalização de Deus. A tendência humana
é torná-Lo pequeno e insignificante. O conceito bíblico de Deus é diferente.
Para a cultura hebraica, Deus não era simples “energia”, “aura”, “luz” ou
“influência”. Deus era Deus. Soberano e eterno. Criador dos Céus e da Terra.
Deus pessoal e presente na vida humana.
O convite do salmista é para que todos se unam a Ele na
oração e no reconhecimento da grandeza do Criador. “Ajoelhemos”, disse o
profeta, usando a palavra hebraica barak, que significa, literalmente,
reconhecer que Deus sempre tem razão. Ele nunca Se equivoca. Seus conselhos são
sábios e visam a felicidade humana, mesmo que pareçam não ter sentido para a
criatura.
O mistério de Seus desígnios não significa arbitrariedade.
Não é o pai irado que grita para o filho: “Cale a boca, você simplesmente deve
obedecer.” Esse aparente mistério parece indecifrável ao ser humano, que é
limitado por valores mesquinhos e terrenos. Um dia, quando a criatura for
libertada de sua natureza humana, tudo será esclarecido.
Quando meu filho mais velho aprendeu a engatinhar, era
fascinado pelas tomadas elétricas. Gostava de colocar o dedinho nas aberturas
das tomadas, e assim colocava sua vida em risco. Naquele tempo, seria inútil
explicar a uma criatura de apenas noves meses a reação que poderia produzir a
junção do pólo positivo com o negativo. Quando eu dizia “não”, era só para o
bem do meu filho, embora ele fosse incapaz de compreender.
Essa é a razão que o salmista dá, no texto de hoje, para
adorar a Deus. “Ajoelhemos”, disse ele, reconheçamos que Deus é sábio, nunca Se
equivoca e só quer o nosso bem.
Se você depositou sua vida nas mãos de Deus e, apesar disso,
as coisas não saíram como você gostaria, confie no Senhor, ajoelhe-se, adore-O,
porque Ele sabe o que está fazendo. Mais breve do que você imagina, o
entenderá. Não desanime. Para chegar ao porto da vitória, é preciso velejar com
o vento, às vezes a favor, às vezes contra, mas não parar de velejar.
Por isso, “vinde, adoremos e prostremo-nos; ajoelhemos
diante do Senhor, que nos criou”.
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