Janelas para a vida
Nosso lar não é aqui
Alejandro Bullón
Às margens dos rios da Babilônia, nós nos assentávamos e
chorávamos, lembrando-nos de Sião. Sal. 137:1.
Um dia, os assírios dirigidos por Nabucodonosor chegaram a
Jerusalém. Destruíram tudo e levaram prisioneiros os filhos de Israel.
Os anos do exílio foram tristes. Longe de casa, da família e
dos amigos, os exilados só tinham duas opções: esquecer definitivamente Israel
ou viver em Babilônia, com os olhos fixos em Sião, abrigando o sonho de
retornar um dia para o lar.
Um dia, também, o inimigo de Deus chegou até a raça humana, destruiu
seus sonhos, valores e princípios e a levou escrava ao seu reino, para servir
no seu palácio.
A história de Israel é um símbolo da história humana. Como
os israelitas, hoje estamos longe do verdadeiro lar. Este mundo cheio de
tristeza e angústia – conseqüências naturais da entrada do pecado – não é a
nossa casa. Somos estrangeiros e peregrinos vivendo num mundo ao qual Jesus Se
referiu assim: “O Meu reino não é deste mundo.”
O salmista disse que enquanto os filhos de Israel viviam em
Babilônia, com freqüência sentavam-se às margens dos rios e choravam de
saudade, lembrando-se de Sião, o santo monte, símbolo do governo de Deus.
O perigo que corremos hoje é esquecer que este mundo não é o
nosso lar definitivo. Estamos aqui apenas peregrinando, por força das
circunstâncias, rumo à casa do Pai. Somos estrangeiros vivendo num país alheio.
O fato de vivermos neste mundo pode levar-nos a contemplar
as coisas da Terra por mais tempo do que o necessário. Deitar raízes profundas
é um risco. Lembrar quem somos e de onde viemos determina as nossas escolhas e
prioridades.
É verdade que precisamos sobreviver. Trabalhar, estudar,
construir uma casa para morar e educar os filhos é parte da nossa existência.
Não podemos omitir-nos dessas responsabilidades. Mas até que ponto isso tudo
está nos fazendo esquecer de Sião?
Cumpra as suas atividades hoje pensando na experiência de
Israel, expressada pelo salmista: “Às margens dos rios da Babilônia, nós nos
assentávamos e chorávamos, lembrando-nos de Sião.”
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