Janelas para a vida
As iguarias do pecado
Alejandro Bullón
Não permitas que meu coração se incline para o mal, para a
prática da perversidade na companhia de homens que são malfeitores; e não coma eu das suas iguarias. Sal. 141:4.
Gladys entrou no meu camarim, naquela noite, com os olhos
lacrimejantes. A mensagem apresentada havia tocado o seu coração. Estava
emocionada. Assentou-se diante de mim, respirou fundo e disse: “Desde que era
criança fui deslumbrada pelas luzes, os palcos, o brilho da fama e os aplausos.
Hoje, tenho tudo isso, mas não sou feliz. Sinto-me mais vazia, triste e
derrotada do que nunca.”
Gladys era uma famosa artista de televisão. Quando criança,
recebera uma educação de princípios e valores cristãos. Na adolescência, porém,
largou tudo e iniciou uma corrida desenfreada à procura daquilo que achava o
mais importante da vida.
Naquela ocasião, depois de muitos anos, muitas feridas
abertas, lágrimas e noites sem dormir, atormentada pelo peso da culpa, a jovem
bela, admirada e famosa, aceitou o convite de um amigo para ir ao estádio a fim
de ouvir a Palavra de Deus.
O Espírito de Deus tocou o seu coração. E agora ela estava
ali, diante de mim, com os olhos lacrimejantes e dizendo: “Não compensou tudo o
que alcancei. Trocaria tudo por uma noite de paz com Deus. Às vezes, gostaria
de ser outra vez uma criança, e dormir ouvindo as histórias da Bíblia que a
minha mãe contava.”
“Que não coma eu de suas iguarias”, afirma o texto de hoje,
referindo-se às atrações que o pecado oferece. É inquestionável. O pecado
atrai. É “delicioso”. De outro modo não teria consumidores. Mas o que ele não
mostra é o peso da culpa, as noites de insônia, o desespero e a angústia que
sufocam o coração do pecador.
O mal e a prática da perversidade estão à nossa volta todo
dia, o tempo todo, oferecendo iguarias e manjares. Deslumbrando, seduzindo,
cativando. A única segurança é Jesus. Ele é capaz de guardar o coração das
atrações efêmeras deste mundo. Por isso, não se atreva a iniciar este dia sem
ter a certeza de que Jesus está ao seu lado. Abra o seu coração a ele, clame
como o filho carente clama pela ajuda do pai e diga: “Não permitas que meu
coração se incline para o mal, para a prática da perversidade na companhia de
homens que são malfeitores; e não coma eu das suas iguarias.”
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