Meditando nos Salmos
Súplica pela proteção Divina
Heber Toth Armí
Ouve, SENHOR, a justiça; atende ao meu clamor; dá ouvidos à
minha oração, que não é feita com lábios enganosos.(Salmos 17:1)
A oração sincera é aquela que brota do coração, a qual dos lábios não saem palavras falsas, hipócritas.
Davi declara inocência como pré-requisito para que Sua oração em que pede livramento sobre os inimigos seja atendida (Salmo 17:1-3). Não que ele seja adepto do perfeccionismo, teoria que deturpa a verdadeira teologia da graça, pois ele não alega perfeição impecável (vs. 4-5). Além disso, ele não nega a pecaminosidade universal da humanidade; porém entende que não pode esperar que Deus operasse contra seus inimigos se sua vida estivesse vinculada a falsidade ou violência como a dos que não amam a Deus (vs. 6-15).
Aprecio as palavras cristológicas de M. F Unger, o qual diz que Davi “se identifica justamente com o reto Intercessor, 1-5. Sua oração por si próprio, 6-12, e pela libertação, 13-15, encontrará cumprimento só no Davi Maior, o Senhor de Davi”.
Ao orar precisamos nos identificar com Cristo, devemos estar tão vazios de nós mesmos que Cristo encontre espaço total para morar em nosso coração; precisamos nos esvaziar até mesmo de nossa própria vontade para que em retidão contemplemos a face de Deus; e, quando acordarmos, tenhamos prazer em Sua presença para sermos moldados a Sua semelhança (v. 15).
Quando você ora, você acha que ora de forma correta? Você só acha ou tem certeza? Como está tua vida em relação à vontade de Deus?
Certezas na oração são importantes. Orar sem certeza é balbuciar dúvidas ao ar. Ao orar, Davi declara certezas:
[1] sabia que Deus examinara à noite seu coração e nada encontrou de errado (v. 3);
[2] declarou: “Se te invoquei é porque me ouves, por isso te peço que ouças a minha oração” (v. 6); e,
[3] disse: “Tu livras aqueles que a ti confiam” (v. 7).
Certezas não surgem por acaso, denotam relacionamento com Deus. Se há forma de aproveitar o tempo ao máximo é tirando tempo a orar. Se quem ora soubesse o poder da oração genuína, baseada na certeza, adquirida da intimidade com Deus, haveria mais fé no clamar, mas franqueza em reconhecer a necessidade do poder de Deus, então haveria mais da Sua presença em nossos atos.
E. M. Brunds disse: "Nenhum homem pode realizar uma obra perdurável e grande em favor de Deus, se não for um homem de oração. Nenhum homem pode ser um homem de oração sem que dê muito tempo à oração".
E. G. White escreveu: "Orai sem cessar, e vigiai, trabalhando de conformidade com vossas orações. Ao orardes, crede, confiai em Deus. Estamos no tempo da chuva serôdia, tempo em que o Senhor outorgará liberalmente o Seu Espírito. Sede fervorosos em oração, e vigiai no Espírito".
E, A. W. Tozer disse que “Deus não se curvou à nossa pressa nervosa, nem adotou os métodos de nossa era mecânica. O homem que deseja conhecer a Deus precisa dedicar-Lhe tempo”.
Se nossa sociedade, no governo e em todo lugar que se olha só há injustiça, onde encontrar justiça para as injustiças que nos afetam terrivelmente? Se os poderosos que poderiam banir a injustiça são os promotores dela, o que podemos fazer? Ser injusto também?
Não, certamente não! Devemos fazer como Davi, recorrer à justiça suprema – não de uma corte do mundo, mas na corte celestial; não a um juiz terrestre, mas a um Juiz Celestial. O Salmo 17 é uma súplica de Davi por justiça diante de tantos atos de injustiças presenciados por ele.
Desta forma, temos de aprender a fazer justiça com justiça, mas jamais será possível se fizermos justiça com nossas próprias mãos; pois segunda o profeta Isaías, nossa justiça é como trapo de imundícia, ou seja, é falsa, portanto, nossa justiça é injusta.
O que temos de fazer para entrar no Céu? Afaste-se do pecado, busque a libertação em Deus, ande em retidão e contemplarás a face de Deus (vs. 7-15).
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