Janelas para a vida
LÍNGUA COMPRIDA
Alejandro Bullón
O que guarda a boca conserva a sua alma, mas o que muito
abre os lábios a si mesmo se arruína. Prov. 13:3.
Existe um ditado árabe que afirma: “Cuidado para que a tua
língua não enforque o teu pescoço.” A figura da língua comprida, nesse ditado,
simboliza a rapidez e leviandade com que algumas pessoas falam.
Viver é comunicar-se. No relato da criação, Deus fez Eva
porque não era bom que o homem estivesse só. A vida sem comunicação seria
incompleta. O relacionamento humano deve ser uma estrada de duas vias.
O instrumento de comunicação que o Criador entregou ao ser
humano foi o dom da palavra. A palavra seria a ferramenta que serviria para
construir pontes e unir vidas. A entrada do pecado, porém, tornou a palavra um
instrumento ambivalente. Com ela, o ser humano pode construir ou destruir,
ferir ou curar, levantar ou derrubar.
Pessoas sábias são felizes porque aprenderam a usar a
palavra como bálsamo curador e pincel restaurador. A palavra dita em tempo
oportuno revoluciona vidas e transforma situações. Olhe à sua volta. Existe
gente cujo coração é terra seca, esperando uma gota de água. Essa gota pode ser
a palavra e a sua boca, o manancial.
O texto de hoje apresenta o resultado do uso da palavra. Se
você falar com prudência, na medida certa e da maneira adequada, receberá como
recompensa a vida. “O que guarda a boca conserva a sua alma”, diz o provérbio.
O original hebraico diz: “conserva a sua vida”. A vida é, em parte, o resultado
do que você faz com a palavra.
Por outro lado, “o que muito abre os lábios a si mesmo se
arruína”. Prov. 13:3. Abrir os lábios com facilidade é falar sem pensar,
instintivamente, sem medir conseqüências. Irônico como possa parecer, a vítima
não é o próximo, mas o próprio dono da palavra.
Use hoje o dom da palavra para elogiar e não para bajular,
para aconselhar e não para criticar, para perdoar e não para condenar. Busque a
Jesus, o Verbo, a Palavra de Deus e peça que Ele habite em você e fale através
de suas palavras. Ouça, aceite, abra os braços, dê oportunidades, construa e
restaure sem esquecer que “o que guarda a boca conserva a sua alma, mas o que
muito abre os lábios a si mesmo se arruína”.
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