Janelas para a vida
NADA LEVAREMOS
Alejandro Bullón
Pois, em morrendo, nada levará consigo, a sua glória não o
acompanhará. Sal. 49:17.
No dia em que escrevo esta meditação, estou em Poza Rica,
México. Acabo de tomar conhecimento da morte do príncipe Ranier, de Mônaco.
Mônaco é um pequeno país, com apenas dois quilômetros quadrados de território.
O príncipe Ranier, ao longo dos seus 56 anos de governo, conseguiu transformar
esse pedaço de terra num país charmoso, freqüentado pelas maiores
personalidades do mundo. Hoje, Mônaco é uma das capitais mundiais do jogo e um
dos paraísos fiscais que atrai grandes fortunas. Evidentemente, o príncipe era
um dos homens mais ricos do planeta.
Mas o texto de hoje afirma que “em morrendo, nada levará
consigo, a sua glória não o acompanhará”. Nesta vida, você pode acumular riquezas.
Mas, na hora da morte, isso não lhe serve de nada.
Sabedoria é aprender a depositar a confiança e a expectativa
em valores eternos. Lamentavelmente, vivemos num mundo pragmático, onde se
acredita só naquilo que se pode ver e tocar. Essa filosofia materialista da
vida provoca dor, porque tudo o que você toca, inclusive a própria vida, escapa
de você como areia entre os dedos.
Não existe nada de errado com a riqueza, fama, poder ou
cultura. Tudo tem o seu lugar na experiência humana. Mas, para ter sentido de
permanência, tudo isso precisa ser construído sobre bases duradouras que o
tempo não é capaz de acabar. Essas bases não são materiais. Não adianta querer
vê-las, nem tocá-las. É necessário aceitá-las pela fé.
Você está se sentindo triste, insatisfeito e vazio, hoje?
Tenta descobrir a causa para isso e não consegue porque, aparentemente, não
existe nenhum motivo para sentir-se assim? Você está bem na vida profissional,
familiar, social e financeira e, no entanto, acaba de passar a noite com a
sensação de que algo está errado?
Tire os olhos daquilo que é transitório e visível. Busque a
Jesus e os valores eternos. Comece com coisas simples, como dizer: “Eu te amo”
às pessoas queridas que estão próximas de você. A morte, um dia, pode levar
essas pessoas. Mas nada tirará de você as lembranças dos momentos felizes que
viveram juntos, “pois, em morrendo, nada levará consigo, a sua glória não o
acompanhará”.
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