Janelas para a
vida
USO CORRETO DO PODER
Alejandro Bullón
Nos lábios do rei se acham decisões autorizadas; no julgar
não transgrida, pois, a sua boca. Prov. 16:10.
O provérbio de hoje tem a ver com o uso do poder. O poder,
como a energia elétrica, serve para o bem ou para o mal. Sabiamente orientada,
a energia elétrica pode salvar vidas. Mal usada, já matou muitas pessoas. O
poder nas mãos de uma pessoa dependente de Deus pode fazer as pessoas mais
felizes. Nas mãos de um insensato, pode ser instrumento de tirania e
destruição.
“Nos lábios do rei se acham decisões autorizadas”, afirma o
texto. É inquestionável. O rei tem poder, suas decisões são autorizadas. Tem
poder também o gerente, o pai, o diretor, o chefe, o professor... Alguns mais,
outros menos. A pergunta é: Como estou usando o poder que me foi confiado? Uso
dois pesos e duas medidas? Sou justo, humano, sensível e compreensivo? Ou
simplesmente o uso para demonstrar que “aqui quem manda sou eu”?
A segunda parte do verso declara: “No julgar não
transgrida.” É interessante o verbo julgar. Significa determinar, dar a
sentença. Quando duas crianças disputam o mesmo brinquedo, o pai define como
fica a situação. Quando num jogo de futebol os dois times discutem se foi falta
ou não, é o juiz quem determina.
A advertência de Salomão para quem exerce o poder é “no
julgar não transgrida”. Literalmente, “não transgredir” significa “não trair a
justiça”.
Seja um homem justo. Onde quer que você exerça o poder,
use-o com sabedoria e estabeleça valores. São os valores que servem de fundamento
para relacionamentos saudáveis. Viva esses valores. As pessoas estão atentas
para ver se você segue os valores que defende.
Toda pessoa que exerce o poder é como o modelo de uma obra
de arte. As pessoas não seguem os valores que você estabelece nem a visão de
futuro que você escreve na pauta da empresa ou a um lado de sua mesa de
trabalho. As pessoas seguem você. Portanto, ame-as, compreenda-as, e ajude-as a
crescer. Esse é o uso correto do poder.
Um dia, quando chegarmos ao último capítulo de nossa história,
queiramos ou não, teremos que prestar contas a Deus da maneira como usamos o
poder. Nesse dia, quero dizer: “Senhor, fui apenas um instrumento nas Tuas
mãos. Obrigado porque, através da minha insuficiência, o Teu poder foi
suficiente para fazer as pessoas felizes.” Não se esqueça: “Nos lábios do rei
se acham decisões autorizadas; no julgar não transgrida, pois, a sua boca.”
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