Meditando nos Salmos
Pequenez da humanidade
Heber Toth Armí
Eis que fizeste os meus dias como a palmos; o tempo da minha
vida é como nada diante de ti; na verdade, todo homem, por mais firme que
esteja, é totalmente vaidade. (Selá.)Salmos 39:5
Quão forte ou quão frágil é a natureza humana? O que o pecado fez ao ser humano?
O Salmo 39 resume a antropologia bíblica destacando a fragilidade, a debilidade e a pequenez da humanidade. Davi, o salmista, põe-se a meditar, refletir e pensar na vida.
Quão bom é sair da agitação do século XXI, deixar o estresse e refletir na verdade sobre a vida como fez Davi! Sem esses momentos não nos damos conta de quão breve é a vida e, portanto, quão precioso é viver bem cada minuto que Deus nos dá.
Devemos aprender a meditar sobre os sentimentos do coração em meio às agruras deste mundo. Perceber que sem Deus a vida não tem sentido. Quem para de meditar nisso para de viver. Eis a razão pela qual Satanás quer que estejamos tão ocupados com atividades intensas, muitas delas boas.
Saiba que no silêncio da alma, nos momentos de meditação, ao olhar com sinceridade para dentro de si, verás mais nitidamente tua dor, não um deus ou energia positiva que te levanta (vs.1-2).
É necessário, muitas vezes, fazer jejum das atividades para relembrar quem somos. Os que são impacientes e agitados não avivam o fogo oriundo da meditação prolongada.
Na reflexão, ainda que vejas o que não gostaria, reconhecerás o quanto precisa de ajuda. No entanto, se desejas impedir uma explosão de uma paixão ou conduta desenfreada, dê uma pausa aos pensamentos contumazes (vs. 3-4).
Dedique tempo a refletir. Medite em quem você é. Depois clame a Deus por misericórdia!
Quando você ora; você fala, Deus escuta. Quando você medita; Deus fala, você escuta. Através da oração tua alma eleva-se a Deus; na meditação, Deus vem até você.
Davi descreveu essa experiência no Salmo 39; leia-o, medite e reflita sobre o milagre e a brevidade da vida dada por Deus. Depois de meditar (vs. 1-5), Davi disse a Deus: “Mediste os meus dias como a palmos; o tempo da minha vida é como nada diante de ti. Todo homem é como um sopro. (Selá)” (v. 5). Com esta declaração não admira que esta sessão possua pausa (hebraico “selah”), pois vale refletir sobre uma verdade tão profundamente impactante. A seguir (v. 6), o salmista, oferece provas do que disse:
1. Todo homem anda como uma sombra: Status, poder, e honras por mais importante que seja diante das pessoas, para Deus tudo isso não passa de sombras que passam e desaparecem.
2. Todo homem em vão se aquieta: Ainda que descanse, as pessoas não relaxam de verdade. Pois na ansiedade de ter o que se deseja ou por fugir do que se teme, sua mente não sossega.
3. Todo homem amontoa riquezas, sem saber quem as levará: Assim, as preocupações a fadigas da vida são em vão, pois ao morrer, tudo fica para trás – motivo de briga para quem fica!
Eis a vaidade da existência humana num único verso. Eis o motivo deste salmo ter sido usado em muitos funerais e enterros. A verdade nele expressa é que a vida sem Deus não tem sentido algum; então viva com Deus. Busque-O e viva com propósito (vs. 7-13).
Existe solução para o problema da brevidade da vida. Basta querer aceitar. O salmista no Salmo 39, depois de meditar e refletir com seus pensamentos em sua miserável vidinha (vs. 1-6) suspira e clama a Deus. Faça o mesmo em cada frase:
1. “Mas agora, Senhor, o que espero? A minha esperança está em ti” (v. 7).
2. “Livra-me de todas as minhas transgressões; não me faças opróbrio dos loucos” (v. 08).
3. “Tira de sobre mim o teu flagelo; estou desfalecido pelo golpe da tua mão” (v. 10).
4. “Ouve, ó Senhor, a minha oração, e inclina os teus ouvidos ao meu clamor; não te cales perante as minhas lágrimas. Pois habito contigo como um estrangeiro, um peregrino, como o foram todos os meus pais” (v. 12).
5. “Desvia de mim o teu olhar, para que eu tome alento, antes que me vá e não exista mais” (v. 13).
Assim, através de Davi este Salmo nos ensina três lições importantes:
1. Temos de reconhecer que há uma luta na alma humana entre a graça e a corrupção, entre a paixão e a paciência (vs. 1-3);
2. Devemos meditar sobre a brevidade e fragilidade da vida humana e clamar a Deus que nos instrua a pensar e viver (vs. 4-6);
3. Precisamos pedir que Deus nos perdoe os pecados, retire de nós Suas aflições e nos prolongue a vida até que estejamos devidamente preparados pera a morte (vs. 7-13).
Deus tem e Ele é a solução para a brevidade da vida. Entregue tua vida a Ele completamente e viva para sempre!
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